segunda-feira, 2 de maio de 2011

Hildebrando dispensa advogado e testemunha em julgamento


Dos seis acusados de sequestro e cárcere privado contra Clerisnar dos Santos, apenas um não compareceu ao julgamento nesta segunda-feira, 2. Marcos Antônio da Silva, o Marcão, era testemunha colaboradora, mas está foragido. O advogado defesa, Armysson Lee, também foi surpreendido pela dispensa de Hildebrando Pascoal, na frente do juiz Leri Gross, da Vara do Tribunal do Juri.

"Foi uma falta de respeito comigo", lamentou o advogado. O coronel aposentado da Polícia Militar, de 59 anos, é o principal acusado dos crimes.

Das 25 testemunha de defesa, 23 foram dispensadas. Apenas o advogado Noberto Lima e o policial civil José Eloy estão depondo.

A primeira testemunha foi o advogado. Lima contou que sabia onde Clerisnar e o filho dela eram mantidos reféns: numa propriedade rural do quilômetro 60 da Estrada de Sena Madureira.

“Na ocasião, eu fui até o Tribunal de Justiça e lá encontrei numa reunião os doutores Arquilau (de Castro e Melo) e o doutor Jersey (Pacheco Nunes). Eu lhes contei que eles estavam lá, mas me disseram que não poderiam fazer nada”, contou a testemunha. Ambos são desembargadores e o este último, era presidente do TJ na época.

"Fui também ao superintendente da Polícia Federal, que era o doutor Graebner (Ildo Renir Grabner, hoje secretário de Segurança do Governo Tião Viana), mas ele me disse também que por questões de segurança, a Polícia Federal não iria ao local”, completou Noberto Lima.

Clerisnar era mulher de José Hugo, assassino de Itamar Pascoal, irmão de Hildebrando Pascoal. Junto com ela, também foram mantidos em cárcere os dois filhos do casal, à época, menores de idade.

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE), Hildebrando teria ordenado a captura da família de José Hugo na tentativa de atraí-lo. Da mesma forma que fez com o mecânico Agilson Firmino dos Santos, o “Baiano”, que acabou morto com as pernas e os braços amputados a golpe de terçado.

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